quinta-feira, novembro 05, 2009

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Trecho do poema: "No caminho com Maiakóvski de Eduardo Alvés da Costa,
bom para nos lembrar que é preciso fazer barulho quando pisam no nosso calo! Gritem e nunca se calem!

2 comentários:

  1. Que onda é essa das borboletas...o post é meu:de Viviana.
    Existem borboletas não voadoras,uh, uh, uh...!

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  2. Viviana, esse é o grito mais sincero: o não calar... valeu pelo post do poema! Milena

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